Games e educação

O Projeto Criança e Consumo esteve na Campus Party 2011 e compareceu ao palco Games, onde acompanhou palestra “Parece impossível mas não é: Educação e Diversão”, com a fala de Túlio Soria (meu chará), um dos integrantes da equipe Mother Gaia Studio, empresa de desenvolvimento de games.

A apresentação de Túlio foi muito mais uma propaganda dos trabalhos da empresa do que uma discussão sobre games e educação. Mesmo assim, muitos pontos relevantes foram levantados. Vale lembrar que a discussão ficou apenas no âmbito dos games tecnológicos educativos.

Na abertura de sua fala, ele disponibilizou alguns minutos para falar sobre a situação dos games educativos hoje e apontou que “games são muito infantilizados e subestimam os alunos”, ou seja, são pouco estimulantes, o que faz com que o envolvimento seja baixo, afirmando que “sem desafio não há diversão”.

Uma das falas que me marcou e que foi muito retuitada foi: “Os jogos tem que ter uma filosofia construtivista, deixando o aluno livre para errar”. Aprendemos muito mais com nossos erros, é fato.
Muitos professores que estavam na platéia questionaram as habilidades educativas desses games, na busca de entender melhor que tipo de conteúdo poderia ser trabalhado aliado à diversão.

Túlio explicou um dos jogos criados pela sua empresa, no qual o aluno é colocado na posição de prefeito de uma cidade, tendo que lidar com uma série de variáveis relacionados à boa governança, tais como educação, segurança, saúde, sustentabilidade etc. O jogo ainda emite relatórios de desempenho, que podem ser adaptados às necessidades de cada professor, e trabalhados para promover a reflexão sobre os temas.

Fiz questão de perguntar sobre a publicidade nos jogos, e Túlio afirmou que “os games que vão para escolas não possuem publicidade”, apenas os que são produzidos sob encomenda por uma marca.